Gustavo Modesto

Estudante de Jornalismo - Comunicação Social

Por minha paixão pela comunicação, busco transformar ideias em narrativas envolventes, com olhar crítico e de sensibilidade. Este portfólio reúne projetos e experiências que refletem meu compromisso com a informação e a constante vontade de aprender e evoluir dentro da profissão.

Comento desde futebol, ao universo!

Meus Projetos

A importância social do futebol entre torcedores e jogadores, no Brasil

O futebol não é apenas um esporte, ele é uma linguagem mundial. Quando falamos em futebol, pensamos em união, alegria, paixão e amor a um esporte. Torcedores e jogadores compartilham os mesmos 90 minutos de um jogo, mas será que a visão que um torcedor tem, é a mesma de um jogador? Será que as vivências e diferenças sociais interferem na visão sobre o futebol?

O futebol no Brasil chegou ao final do século XIX como uma novidade trazida por Charles Miller, após uma viagem para a Inglaterra. Em seu princípio, a nova modalidade era disputada de forma amadora, entre integrantes da Elite. Com a profissionalização do esporte, times foram criados e a houve a formação de campeonatos no início do Século XX, e nesse caso, apenas pessoas brancas e de classe financeira alta poderiam ter o contato com o esporte e disputar profissionalmente por seus clubes, afastando principalmente pessoas negras e o "povão" dentro do esporte. Porém, nessa mesma época um estilo de futebol se tornava popular, sendo ele o “Futebol de Várzea”, que recebia esse nome por ser disputado em terrenos às margens do Rio Tietê, sendo jogado por negros, migrantes, imigrantes e pessoas de baixa renda, representando um marco revolucionário na época que fez com que aos poucos o futebol se tornasse algo acolhedor, e não designado a um determinado grupo.

Em questão de torcidas, essa evolução fez com que diversas histórias pudessem ser formadas ao longo dos anos, onde divergentes classes sociais se encontram em meio a modalidade e criam sua história, independente da sua realidade. O que representa muito bem a comparação das histórias entre Donizetti Alves, um aposentado que viveu sua vida em uma vila periférica de Itaquera, e Luiz Pavanelli, um jovem que vive sua vida em um condomínio de classe média/alta no ABC Paulista.

Donizetti Alves (69), nasceu em São Paulo e viveu sua vida na Vila Regina, um pedaço do bairro Itaquerense, onde cresceu e desenvolveu a sua paixão ao futebol por lá. Seu primeiro contato com o futebol foi brincando com seus colegas na rua, e não demorou muito pra que começasse a acompanhar o futebol profissional, adquirindo um amor pelo Corinthians, que passava pela maior seca de títulos da sua história. O por quê desse amor? A representatividade! Era um time que não ganhava nada, mas tinha a sua simpatia por ser do povo, representando um espelho a si mesmo.

Seu amor ao futebol não ficou restrito apenas na paixão, e quando jovem chegou a trabalhar em uma rádio esportiva de São Paulo como operador de fios em estádios, e as vezes até chegava a comentar alguns jogos. Teve oportunidade para jogar profissionalmente na Portuguesa de Desportos, mas alegando baixo salário em comparação ao seu emprego, desistiu da oportunidade. Mas foi daí que se encontrou no Futebol de Várzea, onde atuou por 35 anos de sua vida, sendo jogador entre o time principal e o time de veteranos.

Já Luiz Pavanelli (19), nasceu na cidade de São Paulo e viveu sua vida toda em Diadema. Seu primeiro contato com o futebol foi quando recebeu uma bola de presente, onde foi pegando o costume de sempre brincar com ela, desenvolvendo sua paixão aos poucos. Sua família tem uma grande ligação com o futebol, e por isso, além do amor ao esporte, desenvolveu também um amor ao Corinthians, sendo uma paixão designada de geração para geração.

Percebendo que tinha uma grande habilidade dentro do esporte, decidiu desde pequeno ingressar em escolinhas de futebol, e ao longo da sua juventude, seguiu em categorias de bases por equipes, onde chegou atuar no Meninos da Vila, que é um projeto formado pelo Santos Futebol Clube, representando talvez, a maior categoria de base futebolística no mundo! Por ter crescido em condomínio e em uma outra realidade, a rua não era um palco muito comum para as praticas, chuteiras caras e uniformes mais planejados eram presentes, mas em compensação, boa parte da habilidade que desenvolveu foi dentro das quadras.
Por mais que a realidade social desse torcedores sejam diferentes, ambos partilham do mesmo amor ao futebol, encontrando ali a sensação de pertencimento e identidade dentro do esporte, encarando a realidade de que não conseguiriam se ver como pessoas, sem a “arte da pelota” em suas vidas.

Conheça Luís Otávio, jogador que atua como volante na equipe do Água Santa

Luís Otávio dos Santos Netto (24) é um jogador que atua na posição de volante no elenco do Água Santa, time este que atualmente disputa a Série D do Campeonato Brasileiro, e que já chegou na final do Campeonato Paulista no ano de 2023. Nascido em Cerquilho, interior de São Paulo, iniciou sua carreira ainda adolescente dentro do Futebol de Várzea, se destacando na posição e atraindo a atenção de olheiros de alguns clubes, encantados com sua habilidade. Por meio disso, no ano de 2019 passou em um teste para atuar no time do Rio Claro, e a partir daí sua carreira deslanchou!

Com passagens por outras equipes do Interior de SP, como o Grêmio Prudente, XV de Jaú e Taquaritinga, o maior momento vivido em sua carreira foi vestindo a camisa do Sertãozinho FC, onde por meio dessa equipe conquistou o Campeonato Paulista A3 do ano de 2025, sendo considerado o melhor volante da competição e um dos melhores meio-campistas da edição do torneio, tendo a marca 2 gols em 21 jogos atuando como titular em 19 destes, levando o time do “Touro dos Canaviais” a glória.

Pós a conquista do torneio, assinou contrato com a equipe do Água Santa, o convocando pelo ótimo trabalho feito no clube anterior, para justamente reforçar o “Netuno” na disputa da Série D do Brasileirão. A origem do Água Santa é proveniente de um clube amador vindo da periferia de Diadema que se tornou profissional, alcançando campeonatos de nível Nacional, e uma decisão da Elite Estadual. Para você, o que representa defender as cores e o escudo desse time?

R: Antes de vir para cá, eu já sabia que eu estaria em um clube onde você precisa se entregar em todos os jogos e nos 90 minutos. Aqui é uma cobrança alta justamente por ser um clube de Elite, eles querem sempre mais e eu partilho da mesma característica, como jogador quero sempre busco evoluir todos os dias, sempre mostrando a minha raça e minha entrega dentro de campo. É um clube que eu via na televisão, e representar as cores do Água Santa com certeza é um sonho!

Qual foi a sua primeira experiência no futebol, que você lembra em vida?

R: Minha primeira experiência com o futebol foi quando meu pai me levou no primeiro dia de treino na Escolinha (de futebol). Lá na minha cidade o meu pai é conhecido como “Pedrão” e nesse primeiro treino, o treinador começou a me chamar de “Pedrão” também. Até hoje quando volto para a minha cidade, as pessoas me reconhecem por esse apelido.

Quais são as principais responsabilidades existentes em se tornar um jogador de futebol profissional?

R: Primeiramente, é ter o cuidado com o próprio corpo, pois ele seria sua ferramenta de trabalho. No meu caso pessoal seria ficar de bem com a minha família e sempre mantendo contato, pois moro longe deles. Acho que esses são os dois fatores principais, porque hoje em dia o mental conta muito dentro do futebol, então manter o corpo e a mente bem seriam as principais responsabilidades.

Como pessoa, você se imagina sem a presença do futebol em sua vida?

R: Não me imaginaria. Minha família é do futebol, quando eu não estou treinando, eu estou assistindo algum jogo, e se eu não estou assistindo, eu estou comentando sobre o assunto… O futebol na minha vida é benção, foi um divisor de águas na minha vida, minha família gosta de futebol e fez eu acreditar que eu tinha potencial para isso e eu acreditei. Trabalhei todos os dias e graças a Deus, aos pouquinhos vou subindo degrau por degrau!

Pegando o gancho do assunto, como que o futebol mudou a sua vida?

R: Oito anos atrás eu nem imaginaria que eu estaria em um clube que chegou na final do Paulistão. Tanto que em 2017 eu estava registrado em uma empresa fabricante de meias, trabalhando das 5 as 13 horas… E para mim, a vida seria aquilo. É lógico, sempre tive o sonho de ser jogador, nunca deixei de jogar na minha cidade, todo dia eu ia para as quadrinhas ou nos campinhos ir jogar, pois sempre foi meu sonho fazer do futebol a minha profissão. O futebol mudou a minha vida completamente, com certeza!

“Ouço falarem que o esforço vence o talento, gosto desse argumento” – O trecho da música 60k do cantor Major RD escrito numa publicação do jogador, representa muito bem a sua carreira. A história de um menino simples, que por meio de seu esforço teve seu talento reconhecido para trilhar o caminho que sempre quis andar, realizando assim o seu sonho: Fazer da sua paixão ao futebol, o seu trabalho e destino de vida!

O futebol de várzea em evolução ao longo dos séculos, no território brasileiro

O futebol de várzea teve seu surgimento ao final do século XIX, em São Paulo. Ele recebe esse nome pelo esporte ter sido em seu começo praticado nas regiões varzeanas do Rio Tietê. Nas disputas das partidas, os jogadores eram divididos entre imigrantes, migrantes e afrodescendentes em geral. Hoje em dia, o futebol de várzea é referenciado como futebol amador, que recebe uma maior visibilidade e importância para quem pratica o esporte

Um dos maiores movimentos presentes dos últimos anos é a "Taça das Favelas", onde o próprio campeonato é televisionado e gera a oportunidade de equipes de base masculinas e femininas jogarem, tendo a chance de se destacar no mundo do futebol profissional.

O início da popularização do futebol no século passado e a adaptação do povo ao esporte

Por mais que os primeiros campeonatos fossem realizados nos primeiros anos do século passado, foi a partir de 1930, período pós-Copa do Mundo, o futebol caiu de uma vez na graça do povo brasileiro, despertando o orgulho da nação e idealizando o esporte como uma forma de representação nacional.

Com o aumento massivo da população que acompanhava futebol, clubes iniciaram um processo de profissionalização, como a construção de estádios próprios, centros de treinamento e levantamento de renda para o sustento de cada uma das equipes.

Equipes que participaram do processo de evolução social do futebol

Por mais que o esporte tenha inicialmente se popularizado em meio a elite brasileira, algumas equipes tiveram influência direta na evolução e democratização do futebol.

Equipes como Vasco da Gama, internacional e Corinthians foram umas das poucas equipes que deram abertura para afrodescendentes operários jogarem profissionalmente em seus clubes. O Corinthians por exemplo, foi criado inicialmente por um grupo de operários, e os 3 clubes citados são reconhecidos como "Times do Povo" dentro do cenário nacional.

A evolução dos times e a introdução do futebol profissional décadas após a chegada ao Brasil

Com a chegada do futebol ao território brasileiro, não demorou muito para que as equipes tossem formadas e conseguissem se profissionalizar ao longo dos anos. O primeiro campeonato disputado foi o Campeonato Paulista no ano de 1902, uma competição amadora formada pela LPF (Liga Paulista de Football) na qual cinco equipes da capital paulista fizeram a disputa do torneio.

Esse campeonato foi de extrema importância, pois por meio dele o esporte ganhou força ao gosto do público, se tornando algo tradicional ao longo dos anos, profissionalizando consolidando o esporte no Brasil, durante as próximas décadas.

Festa do Dia do Trabalhador conta com a presença de pagode, funk e o craque Memphis Depay

No dia 1° de maio, houve a tradicional Festa do Dia do Trabalhador na cidade de São Bernardo do Campo, município localizado no ABC Paulista. O evento era gratuito e contou com a presença de grandes nomes do pagode, como Pixote, Tiee e o cantor Belo, mas a atração que "roubou a cena" do lugar, foi a do cantor de funk MC Hariel, que em sua apresentação trouxe o Memphis Depay, jogador do Corinthians, para cantar em seu show.

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